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Celebrando o Holi, em vídeo!

Para enriquecer a postagem sobre o Holi, o Festival das Cores, que celebra o início da primavera, já está no ar um vídeo mostrando um pouco do festival, gravado em Jodhpur, a Cidade Azul do Rajastão, na Índia.


No final, tem uma palhinha de Jaipur, a Cidade Rosa do Rajastão. Essa pareceu até uma homenagem à cidade, já que cheguei em Jaipur com meu cabelo todo manchado de rosa.

Mas agora, aperta o play e vem celebrar o Holi comigo. 


O que você achou? Escreva nos comentários! Se gostou, deixe seu like lá no youtube!

Beijos, 
Ana Maria
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Holi, uma explosão de cores para receber a Primavera!

Holi Hai, Happy Holi! 
Cheguei na Índia duas semana antes do início da primavera de 2016 e esta frase eu ouvia em todo canto!

Holi é um dos principais festivais na Índia, comemorado desde os tempos antigos. Originalmente, o Holi era um festival agrícola que comemorava a chegada da primavera, por isso é comemorado com pós coloridos.


Também chamado de Festival das Cores, o Holi é um período entre homem e natureza, onde jogam fora a escuridão do inverno e se alegram com as cores e a vivacidade da primavera e onde se comemora a vitória do bem sobre o mal.



Como a primavera de 2016 está se aproximando por aqui, achei interessante contar como comemorei esta estação há 6 meses, lá na na Índia.
  
Cada cor tem especial relevância e as cores mais brilhantes e mais populares são o azul, amarelo, vermelho, lilás, rosa e verde.

A venda dos pós coloridos começa bem cedo na Índia, mas o festival mesmo dura somente dois dias. O primeiro dia é conhecido como Holika Dahan ou Chhoti Holi, quando se acende a Fogueira Holika e o segundo dia, como Rangwali Holi, Dhuleti, Dhulandi ou Dhulivandan

Qual a data do Holi Festival?
O Holi Festival acontece sempre durante a lua cheia, quando começa a Primavera. Em 2016 foi assim:
Holika Dahan: dia 23 de março, entre 18h35min até 20h58min, com duração de 2horas e 22min.
Rangwali Holi: dia 24 de março.


Significado religioso do Holi 
Segundo uma lenda hindu, Hiranyakashipu era o rei dos demônios, imortal e arrogante. Ele obrigava a todos os seus súditos que o idolatrassem como a um Deus. 
Hiranyakashipu proibiu inclusive o seu filho Prahlad de adorar o Deus Vishnu, mas como ele continuou devoto e fazendo suas orações ao Deus, o rei ficou muito irado e decidiu matar seu próprio filho, com a ajuda da irmã Holika, que era uma pessoa tão má quanto ele. 
O desafio do Rei: muito irritado, Hiranyakashipu desafiou o filho Prahlad a entrar em meio às chamas, junto sua tia Holika, pois ele acreditava que a sua irmã era imune ao fogo e só desejava a morte do filho, por adorar a outro Deus. Mas o que o Rei e sua irmã não sabiam era que, se Holika entrasse em uma fogueira acompanhada de outra pessoa, seu poder seria anulado.
Prahlad aceitou o desafio e orou ao Deus Vishnu para mantê-lo seguro. Quando o fogo começou, todos ficaram espantados ao ver que Holika foi queimando até a morte, enquanto Prahlad sobreviveu sem uma cicatriz. 
Neste momento, o Deus Vishnu pôs fim à imortalidade de Hiranyakashipu, enquanto Holika, antes de sua morte e ardendo em chamas, implorava por perdão. Vishnu decretou que ela seria lembrada todos os anos, através de uma fogueira e para celebrar a vitória do bem contra o mal. Foi assim que surgiu o Holi Festival, uma homenagem ao Deus Vishnu e à chegada da primavera.


Holi é celebrado em praticamente toda a Índia, sendo que, em alguns lugares com mais intensidade, outros mais discretamente. Em cidades onde o festival é comemorado com milhares de pessoas, rola muita bebida e geralmente, acontecem algumas confusões, por isso, é necessário cautela.

Holi em Jodhpur

Quando eu cheguei na Índia, me recomendaram cuidado na comemoração do Holi, pois em alguns lugares pode haver muita confusão e não é indicado para estrangeiras sozinhas. Então, eu decidi passar o Holi em Jodhpur, onde o Festival da Cores é celebrado com mais tranquilidade, sem grandes multidões.
No primeiro dia, não escapei de me pintarem o rosto, mas foi só isso!

No dia 23, primeiro dia do Holi, as comemorações foram bem discretas e teve também um local especial para os estrangeiros, onde só era jogado o pó colorido, sem água. Mas, no dia 24, a cidade toda parou e foi todo mundo para as ruas celebrar, cantar, dançar e jogar pó colorido e água uns nos outros!

Não ficou harmônico, mas ainda estou ok!

Holi Hai, dona Vaquinha!


Holi é o momento de desenvolver a compreensão e amor um pelo outro. Momento de renovar as amizades e expressar o seu afeto.

 Esta celebração num terraço próximo à Torre do Relógio foi especialmente preparada para divertir os estrangeiros!

Até apareceram algumas hijras por lá, bem animadas!

*Hijras: são pessoas transgêneros e intersexuais MtF (Male to Female, "de Homem para Mulher", em português) da Índia, do Paquistão e de Bangladesh. Termo ainda desconhecido no Ocidente.


No Sardar Market são vendidos cocôs de vaca sequinhos, para a Fogueira Holika, nas noites de Holi. Para a fogueira, eles colocam madeira, cobrem com esterco de vaca e por fim, jogam pós coloridos por cima.

Que os indianos preparam assim, colocando pós coloridos por cima!

Na primeira noite do Holi, os indianos acendem a Fogueira Holika, onde as pessoas se reúnem, fazem rituais religiosos em frente à fogueira e rezam, para que o seu mal interno seja destruído quando a fogueira começa.

Ao anoitecer, a Fogueira Holika é acesa!

E começa a chegar gente...

Todo mundo em volta da fogueira, fazendo seus pedidos e orações!

Achei muito interessante ter presenciado este ritual da Fogueira Holika, queimando todo o mal.

Ouvi dizer que no dia seguinte as cinzas são recolhidas e os indianos as usam para diversas finalidades, inclusive espalhando-as pelo corpo a fim de se proteger contra o mal. Não voltei ao local da fogueira para ver se essa informação procede.


No segundo dia do Holi, todo o comércio de Johdpur fechou as portas! Todos foram liberados para celebrar a chegada da primavera.


Qual a criança que não gosta de se sujar sem levar bronca?

Durante o Holi, homens, mulheres e crianças espalham pós coloridos e água nas roupas e rostos de amigos, parentes, vizinhos e turistas.

Eu, no dia 24, saindo para festejar o Holi...

Achei que eu estava protegendo meus cabelos apenas com este lenço. Quanta ingenuidade e desconhecimento de causa...

 Pisei na rua e já começaram a me pintar!

Sempre tem alguém para pintar um pouco mais...

Ah, mas eu estou muito bem.. ainda!

Eeee, Holi Hai, Happy Holi to everybody!!! 

Pelas ruas  todo mundo celebrava e achei bem tranquilo, sem grandes aglomerações.

Galera, cheguei!

Então, fui convidada por um pessoal que morava em frente ao hotel onde me hospedei, para celebrar o Holi com eles, num terraço com uma bela vista para a cidade e o Forte. E lá fui eu.

Fui recebida com um balde d'água fria, literalmente!

Não sabia ao certo o que iria acontecer e não protegi corretamente o meu cabelo e pele e nesta celebração, pois jogaram muito pó colorido e água em mim.

Mesmo encharcada, acharam que eu ainda estava muito limpinha...

...e precisando de um pouco mais de pó.

A música e a dança não podem parar!

Mais um balde d'água...

Mais um pouquinho de pó...

Não estou enxergando nada, entrou pó nos meus olhos...

Entrou muito pó nos meus olhos e eles começaram arder demais! The game is over pra mim!

Saldo do Holi: uma gripe fortíssima que me acompanhou por duas semanas, o cabelo todo manchado de rosa, que demorou cerca de um mês para desbotar. A pele ficou tão encardida que demorou uns 3 dias para sair tudo. Isso que eu tomava de 3 a 4 banhos por dia. Quase que arranquei a pele junto com a tinta.



Nem me reconheço.... a mão ficou até murcha de tanta água que me me jogaram. Fiquei encharcada de água e pó colorido! A roupa? Essa foi pro lixo, inclusive a lingerie. Manchou tudo! Ah, e também perdi um brinco!


Esta foto foi no hotel, eu até á tinha tirado as crostas do rosto, mas olha só o estado do pescoço... Eu ainda sorria porque não tinha visto o estado dos cabelos! Só quando eu entrei no chuveiro é que tive a real noção do estrago! 

Enfim, traumatizei um pouco, mas eu também não estava preparada como as indianas, que protegem a pele e os cabelos com óleo de coco. 



Holi Hai! Happy Holi!

Mas agora eu sei! E peguei algumas dicas para curtir melhor o Holi, com a Joice Gabriela, uma modelo brasileira que mora em Mumbai e é autora do blog Namastê Mundo:

Dicas para curtir o Holi
1- Use roupas que depois possam ir para o lixo! Suas roupas vão ficar todas manchadas! Sapatos também!
2- Use óculos para proteger seus olhos! Na brincadeira, alguns, muitas vezes já bêbados, podem jogar o pó nos seus olhos.
3- Passe óleo de coco em todo seu corpo! Assim a tinta vai sair mais fácil. E coloque até no cabelo. Se possível, cubra-os com um lenço ou touca.
4-Use esmalte nas unhas para elas não mancharem.

O que você achou do Holi? Teria coragem de encarar?

Beijos,
Ana Maria
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Visita ao Umaid Bhawan Palace, em vídeo!

O post de ontem foi sobre o belíssimo Umaid Bhawan Palace, onde mora o Marajá de Jodhpur, na Índia, e hoje é a vez do vídeo com os melhores momentos. 



Se você ainda não leu o post, vale à pena, tem informações muito interessantes.

Então, aperta o play e vem comigo!


Se você gostou, lembre de deixar seu like lá no youtube. Não custa nada e me ajuda a divulgar o vídeo.
Beijos,
Ana
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Visitando o Palácio do Marajá de Jodhpur!

O magnífico Palácio Umaid Bhawan, localizado em Jodhpur, no Rajastão (Índia), é uma das maiores residências privadas do mundo, com 347 quartos e, parte deste palácio, serve como residência oficial da família real de Jodhpur. 


Este Palácio foi construído pelo Marajá Sardar Singh, para substituir o Forte Mehrangarh como moradia real. O terreno para as fundações do edifício foi aberto em 18 de Novembro de 1929 e a construção foi concluída 15 anos depois, em 1944.


Obra arquitetônica: segundo informações que eu recebi de Taj Innercicle (Programa de Fidelização Taj Hotels), o Umaid Bhawan Palace é uma verdadeira obra de arte arquitetônica, onde pedras esculpidas foram usadas e unidas entre si por um sistema de encravamento peças positivos e negativos, a fim de eliminar a necessidade de cimento.

Não é incrível este sistema? Eu não tinha encontrado esta informação nas minhas pesquisas. Thanks @taj_innercicle!


Durante a sua construção, era chamado de Palácio Chittar, devido à sua localização na Colina Chittar, o ponto mais alto de Jodhpur. Posteriormente, foi batizado de Palácio Umaid Bhawan, em homenagem ao Marajá Umaid Singh, avô do atual Marajá Gaj Singh Ji. 

*A palavra Ji, acrescentada após o nome e alguém, significa profundo respeito. Mahatma Gandhi também é chamado de Gandhi Ji.


Sua Alteza, o Marajá Gaj Singh Ji, nasceu em 13 de Janeiro de 1948 e se tornou Marajá de Jodhpur em 1952, aos 4 anos de idade, até 1971, quando os poderes reais e seus privilégios foram abolidos da Índia, através de uma alteração na Constituição do país. Atualmente é um ex-membro do Parlamento Indiano e um ex-alto Comissário da Índia, mas ainda é muito respeitado no país.


Na parte da de cima da foto é o jardim que dá acesso ao hotel e à residência do Marajá. Na parte de baixo, o jardim de acesso ao museu. 

O atual proprietário do Palácio Umaid Bhawan é Sua Alteza Gaj Sing Ji, Marajá de Jodhpur, que o dividiu em três partes: residência oficial da família real, um museu e um hotel de luxo!


Na menor parte está com o museu, aberto à visitação pública, que exibe fotos, armas e outros objetos usados pelo Marajá e seus antecessores. 

Um dos Rolls-Royce ca coleção do Marajá.

Há também uma exposição da coleção de Rolls-Royce e outros carros antigos de luxo, sinal de riqueza e poder na Índia dos Marajás.

Os belíssimos jardins do Palácio, em frente ao Museu.

O museu funciona das 10h às 16h30min, de segunda à sábado e o valor da entrada para estrangeiros custa 100 rúpias (pouco mais de R$ 5,00).

Toda a área do museu oferece wifi gratuito.

Com licença, preciso postar!

Porta de entrada do Museu

Pátio interno do Museu

Um dos corredores que dão acesso ao pátio interno do Museu

Sala de Troféus do Marajá

Este devia ser o closet do Marajá, com os móveis revestidos de espelhos

Aqui parece ser uma sala para jantar íntimo, só do Marajá e sua esposa.

Fotografando objetos que foram de uso dos marajás.

Alguns relógios que eu achei bem interessantes

Lampiões de luxo

Muitas pinturas belíssimas nas paredes, junto ao teto.

Tem até uma loja de souvenirs dentro do museu

Turistas indianas, vindas do Estado do Gujarat.

Eu, causando no Palácio! Mais uma da série "exóticos são os outros"!


Depois de visitar o museu, quase na saída do Complexo, eu recomendo uma paradinha neste quiosque que vende o famoso Kesar Kulfi, que é um picolé de açafrão.


Eu custei a identificar de que sabor era, aliás, jamais adivinharia, pois o sabor se parecia com milho. Mas muito bom, até repeti!

Estacionamento do outro lado da rua, em frente ao palácio.

O museu fica numa colina um pouco afastado do centro e a melhor maneira de chegar até lá é de táxi ou tuk tuk.

Acesso à área do hotel, exclusiva para hóspedes.

A maior parte do palácio, transformada em hotel, desde 1972, é administrada pela Rede Taj Hotels e é um dos hotéis de luxo mais disputados da cidade, com diárias a partir de R$ 1.000 (quartos mais simples) até R$ 13.000 (Maharaja Suite), e que dão acesso a áreas super exclusivas.

Sua alteza, o Marajá Gaj Singh Ji nos jardins do Umaid Bawan Palace

Não tenho informações sobre a área destinada à residência do Marajá, devem ser informações bem privadas, mas por dedução, deve ser maior que o museu e menor que o hotel.

O Marajá deve circular pelos jardins do hotel, conforme a foto acima. Você já imaginou se hospedar naquele luxo todo e ainda topar, no jardim, com um Marajá de verdade?

O que você achou deste Museu no Palácio?
Beijos, 
Ana
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