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Os camelos de Hunder Village, no Vale do Nubra, em vídeo!

Para completar o post anterior, sobre Hunder Village e seu parque cheio de camelos bactrianos, chegou a vez do vídeo que eu gravei por lá.

Este vilarejo está localizado no deserto frio do Vale do Nubra (Nubra Valley), em Ladakh, norte da Índia.

Hunder Village, ubra Valley, Ladakh, Índia

Eu até brinquei que, com tantos camelos, aquela era a verdadeira definição de "camelódromo"!

Aperta o play e vem comigo conhecer este parque que é um verdadeiro oásis, cercado de montanhas, no meio do deserto frio dos Himalaias.


Gostou do vídeo? Deixe seu like lá no youtube, comente e compartilhe, é importante para o crescimento do canal. Obrigada!

Beijos,
Ana Maria
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Hunder Village, um oásis no deserto frio dos Himalaias.

A bela Aldeia de Hunder (Hunder Village) é como um oásis no meio do deserto frio, no Vale do Nubra, entre as montanhas dos Himalaias, em Ladakh, norte da Índia.


Distante 160km de Leh, a capital de Ladakh e7km de Diskit, conhecido por seu mosteiro budista, Hunder adquiriu fama por suas dunas de areia, o deserto frio que o rodeia, camelos bactrianos e sua beleza natural de tirar o fôlego.


Hunder Village fica distante aproximadamente 160 km de Leh, a capital da região de Ladakh.


Para alcançar esta aldeia remota, que fica perto da geleira de Siachen e da fronteira do Paquistão, em Ladakh, estado de Jammu & Kashmir, no norte da Índia, é preciso atravessar a montanha Khardung La, com mais de 5.300m de altitude.


Este local é o ponto máximo que um turista pode ir,  já que a entrada além da aldeia de Hunder é proibida, pois a área à frente é controlada pelo exército indiano.



O deserto  de alta altitude, frio, com extensão de dunas de areia e paisagem estéril formam uma paisagem enigmática e espetacular para os turistas que o visitam. 


Neste vilarejo eu visitei um parque belíssimo, chamado Nyamthum Thundel Tsogspa. Para entrar neste parque, pagamos 30 rúpias (cerca de R$ 1,50). No ticket avisa que este valor é destinado à conservação das dunas de areia.



Além de uma vista belíssima, seja para qual lado olhamos, neste parque, rodeado de montanhas com picos nevados, existe um riacho, um gramado arenoso, dunas de areia e sua maior atração são os camelos bactrianos.



O camelo bactriano é bem peludo e tem duas corcundas, ao contrário dos camelos de uma única corcova, encontrados no Rajastão e outras partes da Índia.  Na verdade, os camelos com apenas uma corcova são, na verdade, dromedários.


Os camelos bactrianos eram o principal modo de transporte quando Ladakh era uma parada importante nas antigas rotas comerciais com a Ásia Central.



O camelo bactriano, camelo-asiático ou simplesmente camelo (Camelus bactrianus) é um mamífero nativo da região das estepes da Ásia Central, mais precisamente, da região da Báctria,  daí o seu nome.


Quase todos os animais desta espécie vivem domesticados pelas populações locais, mas ainda existem mais de mil espécies selvagens na Mongólia e noroeste da República Popular da China.


Os turistas adoram passear de camelo pelas dunas de Hunder e este passeio dura em torno de 2 horas e custa cerca de 300 rúpias (aprox. R$ 15,00).


Como eu já fiz um Camel Safari de 2 dias pelo deserto quente de Thar, no Rajastão, optei para não fazer este passeio em Hunder, já que o vento gelado não me deixaria curtir muito o passeio.



Hunder é também o lugar onde se pode encontrar florestas de mar-espinheiro, uma planta medicinal rica em bio-moléculas, vitaminas e propriedades nutritivas e popularmente conhecida como 'Leh Berry'.


Embora a área que circunda Hunder é árida e desolada, a aldeia, no entanto, é uma vasta extensão de verde e possui terras cultiváveis. Os produtos de horticultura, incluindo damascos, nozes, amêndoas, maçãs e várias frutas e flores, de Nubra são muito procurados.


No próximo post eu vou mostrar o guest house/home stay onde eu me hospedei neste vilarejo, pois neste lugar longínquo não existem hotéis, apenas Guest Houses e tendas em acampamentos.

*Falta postar o vídeo sobre este parque dos camelos e depois, na sequência, sobre a guest house.

Beijos,
Ana Maria
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Johnny voltou! Novo vídeo com este camelinho rebelde!

Hoje tem post extra com vídeo, para animar o domingo! Na semana passada eu editei um vídeo sobre o Camel Safari, que eu fiz pelo Deserto de Thar (estado do Rajastão, na Índia), e o camelo em que eu montei fez muito sucesso nas redes sociais, todo mundo gostou dele, que se chamava Johnny


Este danado costumava disparar sem aviso e eu tinha que me equilibrar e cuidar para não cair lá de cima, além de filmar, ao mesmo tempo.

Já que eu tinha outras gravações, fiz uma nova edição e aqui está ele, Johhny, o camelo rebelde!


Espero que você tenha se divertido e dado algumas risadas com a minha aventura com o Johnny!

Beijos,
Ana

*O primeiro vídeo com o Johnny é este aqui!
** Post completo sobre o Camel Safari, aqui!
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Camel Safari e muita aventura pelo Deserto de Thar!

Chegou um dos momentos mais esperados da minha viagem à Índia: fazer um Camel Safari pelo deserto de Thar, no Estado do Rajastão.


Cheguei em Jaisalmer ao anoitecer e contratei o passeio para o dia seguinte, no mesmo hotel em que eu estava hospedada, o Rana Villa (post sobre este lindo hotel aqui).

Observe as mulheres com os vasos de água na cabeça. Cena típica!

Um motorista do hotel nos levou de camionete pela estrada até um ponto próximo a um vilarejo, já dentro do deserto, onde dois guias nos aguardavam com 4 camelos.


Éramos quatro turistas aventureiros: eu e um indiano que estava no mesmo hotel e mais duas pessoas que estavam em um hotel próximo: uma argentina, que mora em Mumbai e trabalha em Bollywood e um neozeolandês que, como eu, estava turistando pela Índia.  
 
Todo mundo camuflado para se proteger do sol... Se você não me identificou, eu sou a que está no último camelo.

Dunas móveis do Deserto de Thar

O Deserto de Thar, também chamado de Grande Deserto Indiano, existe há cerca de 4.000 anos (mas isso é controverso, pois outra teoria afirma que ele tem 10.000 anos e outra ainda, que ele tem 2.000 anos). Ao noroeste, a faixa de deserto é contínua, integrando-se ao território do Paquistão, onde ele passa a se chamar Deserto de Cholistão.

O por do sol no deserto é de êxtase e infinita beleza!

O Deserto de Thar possui cerca de 10% de dunas de areias que se movem e 90% fixas, entre dunas de areia, rochas e bandejas de sal. As áreas onde a vegetação existe são cobertas geralmente com o espinhos.

Eu estou montada no último camelo, que aparece só um pedaço da cabeça na foto!

Agora vamos aos camelos, que na verdade eram dromedários, pois tinham apenas uma corcova, mas vou continuar chamando-os carinhosamente de camelos. 
 

O meu camelo se chamava Johnny e subir neste animal de quase 2 metros de altura não foi nada fácil. O bicho fica "sentado" no chão, e assim que a gente monta, ele é muito rápido para se levantar. Primeiro ele ergue a parte traseira e depois sobe por completo erguendo as patas  dianteiras. Para subir ou descer do camelo é preciso se inclinar para trás e segurar firme nas rédeas, porque o animal é rápido.

O animal nem aí para a câmera, até fechou os olhos...

O camelo está sempre ruminando (mascando algo) e com cara de paisagem. Não está nem aí para ninguém, não demonstra nenhum tipo de afeto (ou desafeto). 
 
 Eu e Johnny

Mas atenção, quando estiver perto de um camelo, é preciso ter muito cuidado para ele não cuspir em você, pois a saliva dele é podre, tão fedida que é preciso jogar as roupas fora depois. Por precaução, eu ficava sempre na lateral do camelo, nunca na frente, para não levar uma cusparada e nem atrás, para não levar um coice.


Bom, voltando ao passeio, assim que montamos nos respectivos animais, começou a nossa jornada propriamente dita.

E.T.

O sol do deserto castiga e eu tentei me cobrir ao máximo, mas também com roupas leves para não sufocar com o calor. 

 Neste ponto as areias eram mais firmes.

Mas nesta área, areia fofa e dunas móveis!

 Por do sol no Deserto de Thar

É muito quente mesmo, mas andar de camelo e poder apreciar o por do sol magnífico sobre as areias do deserto não tem preço. 

  Vegetação escassa e ruínas de algum vilarejo

Passamos por vilarejos, alguns em ruínas e seguimos até um ponto onde iríamos passar a noite. 

 Este cão de um vilarejo por onde passamos resolveu acompanhar a comitiva!

Chegamos: hora de descarregar os camelos!

Look do dia!


Enquanto os guias acomodavam os camelos e preparavam o nosso jantar, nós saímos para explorar as dunas. 
 
 Tinha muito vento...

 ... e eu aproveitei para musar um pouco!

Depois, um luau aconchegante ao redor de uma pequena fogueira, jantamos e ficamos todos batendo papo e falando sobre os encantos da Índia
  

A pequena fogueira acesa para preparar o jantar era também a nossa única iluminação no local.

Nosso jantar: Roti, arroz e vegetais com pimenta! Tinha ainda uma salada com pimentões.

Tentamos tomar cerveja que o guia trouxe, mas estava horrível, quente, pois a caixa térmica não conseguiu manter a temperatura. Mesmo à noite, as areias ainda refletiam o calor do sol acumulado.

Cabana onde estavam nossas camas, colchonetes e cobertores

Enfim, chegou o momento de dormir. Uma pequena cabana feita com a vegetação local seca abrigava as caminhas suspensas, colchonetes e alguns cobertores, pois durante a madrugada a temperatura cai muito no deserto, fica próxima de zero graus. 

Dormimos ao relento e sobre as caminhas, pois tanto dentro da cabana quando nas areias, existe o risco de escorpiões e das cobras do deserto.

 Dormitório dos camelos

O mais belo céu estrelado que eu vi na vida: imagine o que é tentar dormir pensando que um escorpião ou uma cobra poderiam subir pelos pés da cama.. ai, ai... Enquanto o sono não vinha, fiquei admirando o céu mais estrelado que eu vi na minha vida! Longe de qualquer ponto artificial de luz, o céu era ainda mais negro e as estrelas, mais brilhantes. 

Na verdade não tem como descrever o céu do deserto à noite. É muito além das nossas vistas, algo que chega a tocar a nossa alma!

Já era bem de madrugada quando a temperatura começou a cair eu precisei  me cobrir bem com o cobertor para não congelar. Neste momento, consegui adormecer. 

 O deserto é inóspito. Acordei antes do sol nascer, ao som do canto dos corvos!

Areia até nos dentes: quando acordei de manhã, o sol ainda não tinha nascido e ventava muito. Eu tinha areia grudada em todos os fios de cabelo e também nos dentes. Em algum momento da madrugada eu devo ter ficado de boca aberta e como começou a ventar, enchi a boca de areia também. Essa parte foi medonha!

Os cães que nos seguiram desde o vilarejo estavam com muita sede, não resisti e dei água mineral para eles...

Para a higiene, tínhamos que usar água mineral e irmos atrás das dunas. Lógico que não havia banheiro ou qualquer estrutura. Depois disso, fui caminhar um pouco pelas areias, enquanto os guias preparavam o nosso café da manhã.

Café da manhã: torradas com geleia, biscoitos, ovos e chai!

Após o café da manhã, ou melhor, chai da manhã, era hora de se preparar para voltar ao hotel. 
 
Guia preparando nosso retorno.

  Fotos perto de camelos: por segurança, só na lateral do animal!

O vira-lata do deserto veio se despedir e agradecer pela água! Amizade eterna!

 Hora de pegar o rumo do hotel e encarar de novo o sol fortíssimo do deserto!


No caminho de volta, eu só ficava imaginando o momento mágico de poder tomar uma ducha quente e me jogar naquela cama macia do hotel. 
 
 Apesar de ter passado protetor solar com proteção 60, em pouco tempo eu já estava refletindo a cor da camiseta!

Mas ainda tinha algumas horas pela frente em cima do camelo e depois, mais um trajeto de quase una hora de camionete até o hotel. Ao chegar no hotel, fiz exatamente o que eu mais desejava, banho e cama!

 Recordação com os homens do deserto!

Quanto custa um Camel Safari pelo Deserto de Thar: existem vários tipos de passeio com camelo. Tem aquele em que a gente vai para o deserto, aprecia uma apresentação de danças e depois do jantar, volta para o hotel. Em outro, se dorme em tendas. Eu escolhi o passeio em que se dorme por lá, sob o teto das estrelas, sem tendas, sem apresentação de dança, enfim, o mais rústico possível. Paguei US$ 55,00 pelo passeio onde estava incluso os guias, os camelos, água mineral à vontade, lanche, jantar, a caminha, edredom e o café da manhã. O outro tipo de passeio, que tinha as danças e voltava depois do jantar, custava US$ 30,00. O que se dormia em tendas eu não sei o preço.

Não esquecer de levar para o deserto: roupas leves e folgadas para andar no camelo e uma mais quentinha para dormir, um ou dois lenços para cobrir a cabeça e para não torrar o pescoço, além de  óculos escuros e protetor solar.

 Passeio terminando e o Johnny fazendo cara de paisagem feliz!

A  experiência foi incrível e tão intensa que é o tipo de aventura para se fazer uma vez só na vida. Não é necessário repetir, mas valeu cada segundo.

Que tal esta experiência no deserto, você teria coragem de fazer?

Beijos,
Ana
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