Síndrome da Classe Econômica: saiba o que é algumas dicas de como evitar os riscos!

Hoje as pessoas viajam mais, com crise ou sem crise, e isso só tende a aumentar (tanto as viagens quanto a crise). E cada vez mais as pessoas viajam de avião, seja pela rapidez, pelo preço mais acessível ou porque gosta mesmo. E as companhias aéreas, de olho neste público crescente, fazem muitas promoções tentadoras. Mas as empresas precisam lucrar, então, a classe econômica dos aviões ganhou mais lugares e os passageiros perderam mais espaço.

 Voo de Delhi para Srinagar, pela empresa indiana GoAir.

Para viagens curtas, de 2 até 4 horas, não chega a ser tão ruim, mas para as viagens mais longas, a partir de 8 horas, pode se tornar uma tortura e um perigo também.

É aqui que entra a Síndrome da Classe Econômica. A grande maioria das pessoas que viaja de avião, opta pela classe econômica, tanto que a área reservada para a Primeira Classe e Classe Executiva são bem pequenas.

As pessoas mais gordinhas ou com as pernas mais longas acabam sofrendo mais. E muitas vezes quem senta ao lado também. Não é questão de preconceito, é de "apertamento mesmo". No ano passado eu viajei de Porto Alegre para Lisboa num avião da TAP e ao meu lado sentou um rapaz bem alto e extremamente obeso (imagino que pesava muito mais de 150kg). Ele não cabia na poltrona e ficou o tempo todo me esmagando, pois o voo estava lotado e eu não pude trocar de assento. Resultado: viajei cerca de 14 horas com ele pressionando meu corpo contra a parede da aeronave, o que me rendeu uns 5 dias de ombro e costela doloridos durante a minha estada na Europa.

Claro que eu me levantei e caminhei várias vezes pelos corredores, para sair daquele apertamento e ajudar na circulação. Se eu não tivesse feito isso, provavelmente teria sido muito pior.

Agora vou falar sobre o maior perigo de se fazer uma viagem longa ficando muito tempo sentada e com pouco espaço para se mexer. Principalmente para quem tem tendência a ter ou já tem varizes ou qualquer outro problema de circulação sanguínea: existe o risco de uma trombose venosa!


A trombose pode ocorrer durante qualquer viagem longa, com mais de 8 horas de duração, quando a pessoa permanece muito tempo sentada, num espaço apertado e sem se movimentar, o que pode comprometer a circulação sanguínea na região das pernas. 
 

A trombose ocorre quando em um determinado vaso sanguíneo, o sangue deixa de estar fluido e forma um coágulo. Esse coágulo provoca um entupimento agudo, obstruindo a circulação sanguínea naquele vaso, o que pode levar a uma embolia pulmonar e ao óbito.

Estudos comprovam que o risco de trombose acontece mais em viagens aéreas do que de ônibus, carro ou trem. Talvez porque o espaço das poltronas seja muito reduzido e as pessoas não se movimentam, as viagens longas (mais de 8 horas), além do ar seco da cabine aliado à falta de hidratação e pré-disposições. 

Fatores de riscos: os riscos seriam uma combinação de fatores como problemas cardíacos ou circulatórios (mesmo simples varizes ou hemorroidas), fumantes, diabéticos, cirurgias recentes, idade avançada, gravidez, câncer, muitas horas de imobilidade, desidratação, etc. Até mesmo pessoas jovens e saudáveis, mas com disposição genética, se não tomarem as devidas precauções, também estão na faixa de risco.

Mas você não precisa se apavorar e ter medo de fazer uma viagem mais longa de avião e nem vender o seu carro para comprar uma passagem de primeira classe. Existem algumas medidas bem simples que se pode tomar durante a viagem e evitar o risco de uma trombose:

1- Se você já possui algum dos fatores de risco citados acima, fale com seu médico antes de viajar. Se achar necessário, ele irá lhe receitar um medicamento;
2- Beba muita água, você pode nem sentir sede, mas seu organismo pode se desidratar durante um voo muito longo. Não fique constrangido em chamar os comissários, sua saúde está em primeiro lugar. Pode ser também suco. Não abuse de refrigerantes, chá e café;
3- Evite consumir bebidas alcoólicas.  Durante um voo, o efeito do álcool é três vezes maior;
4- Viajar na janela pode ser legal, mas em viagens longas temos que manter  a janela fechada quase todo o tempo, para evitar claridade na cabine, então, prefira um assento no corredor, mais prático para levantar e você ainda pode esticar as pernas no corredor (não precisa se espalhar, apenas dê uma esticadinha nelas de vez em quando); 
5- Levante e dê caminhadas pelos corredores, caminhe 1 ou 2 minutinhos pela cabine, isso ajuda na circulação sanguínea;
6- Faça pequenos exercícios, sentada mesmo, girando os pés, levantando um pouco as pernas e girando o pescoço. Isso aumenta a velocidade da circulação sanguínea. Veja no painel abaixo:

São exercícios bem simples, mas que podem salvar sua vida.

7- Use meias de compressão graduada, elas ajudam e muito, na circulação sanguínea. Eu nunca usei esse tipo de meia para viajar, mas agora, que eu acabei de fazer uma cirurgia no tornozelo, precisei usá-las para evitar o risco de trombose e achei-as excelente. 


Eu comprei as minhas meias da marca Sigvaris e recomendo, são de excelente qualidade! As meias de compressão leve custam cerca de R$ 100,00 e a compressão dura em torno de 4 meses de uso. Estou usando a meia por causa da minha cirurgia, mas na minha próxima viagem de longa duração eu vou usar com toda certeza.

*A minha meia apresentou um fio puxado e eu enviei um e-mail com fotos para o SAC da Sigvaris. Eles me retornaram em seguida, me enviaram um formulário para eu preencher com dados da compra e, em poucos dias eu recebi outro par, novinho! Até hoje, foi o SAC mais rápido e eficiente de todas as empresas que eu já precisei contatar.

Estas meias são indicadas para uso em viagens de longa duração, em que se fique muito tempo sentado(a). Facilitam a circulação e evitam inchaços e dores nas pernas, previnem varizes e TVP (Trombose Venosa Profunda). 


Pode ser usada por homens e mulheres e não precisa ser aquelas de perna inteira, pode ser aquelas abaixo do joelho e sem a ponteira, que você pode movimentar os dedos livremente. 
  
Existem meias de leve, média e alta compressão. As  meias indicadas para uso diário em qualquer pessoa e em viagens de longa duração são as de compressão leve, 15-20mmHg. Existem de vários tamanhos e são vendidas nas lojas de equipamentos ortopédicos.

Importante: o uso das meias de compressão não descarta as outras 6 medidas preventivas que eu citei neste post. Se um conjunto de fatores pode causar a trombose, outro conjunto de medidas preventivas podem evitá-la. 

Você já pensou sobre este assunto alguma vez? E se fez uma viagem longa, procurou se movimentar durante o voo? Se você fez algo diferente, que eu não citei, conte aí nos comentários.

Beijos,
Ana

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4 comentários :

  1. Ana, esse post muito me interessa e está tão bem feito que voltarei com mais tempo pra ler com calma, hoje quero te dizer q vendo o uso que vc fez do Footner, que eu já o tinha visto, mas não confiei muito, devo dizer que é aquilo mesmo, fiquei impressionada com a eficácia, até o quinto dia eu estava achando que nada aconteceu e nem aconteceria, passado mais um ou dois dias, começou a escamação, e estou nos finalmente, ainda não posso sair sem o tênis,kkkk Não sei se foi psicológico, nos primeiros cinco dias, ao deitar sentia a sola se desprendendo do pé,kkkk você sentiu isso??? Agradeço pelo seu post, não fosse por ele eu não teria comprado o produto, e fui garantir outro para daqui a dois meses ou três e não tem onde comprei, farmácia São Paulo de Niteroi/RJ. Custou R$63,00. Bjs.

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    1. Oi Wilma, obrigada e volte mesmo para ler com atenção, é um assunto muito interessante!
      Mas que ótimo que você testou o footner e também gostou. Ele é bem carinho, mas vale a pena.
      Nos primeiros dois dias não sento nada, depois a pele começou a dar uma leve repuxada e só a partir do 5º dias mesmo que começou a descamar. E quando as "bolhas" de ar começaram a furar, durante o banho ela enchiam d'água e a sensação era super estranha.
      Agora que você está com o pé novinho em folha, lembre-se de hidratá-lo bastante, para o efeito "anti cascão" durar mais.
      Beijos

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  2. Oi Ana, eu li ontém mesmo e essa sempre foi uma preocupação quando viajo, sempre uma Rio Lisboa que dura 9horas, é meu limite eu acho,rsrsrs Uma viagem demasiada longa deve ser muito incômoda, eu sempre faço exercícios com as pernas e pés, nunca fiz muito com a cabeça, agora farei, procuro beber água e sempre peço o corredor. Quanto a essa meia, acho estranho quando ela não pega toda a perna, nunca usei mas deveria usar sim, nunca tive inchaço porém tenho varizes e como,rsrsrs e elas me preocupam, mas nunca tive problema nem dores nem nada até aqui. Sim, já comecei a hidratá-lo ontém porque ficou tão bom que quero que dure, melhor que quando vou ao podólogo que cobra mais caro e não fica tão fininho, amei e já vou comprar antes que desapareça do mercado. Beijos e Ótimo fim de semana!!

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    1. Eu sempre caminhei pelos corredores e fiz exercícios com os pés. Com a cabeça já fiz pequenos alongamentos. Também procuro beber baste água ou suco. Sabe meias inteiras me dão aflição?! Estou adorando usar estas, mas quem precisa comprimir a perna toda, é aconselhável usar as meias inteiras mesmo.

      Sobre o footner, será que vai sumir do mercado? Acho quer vou comprar umas duas de reserva também, para garantir meus pezinhos de bebê. O único inconveniente é fazer no verão, pois não dá para expor os pés descamando, o povo vai achar que é alguma doença, hehe... Durante o inverno ele fica escondidinho.
      Beijos

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